Designação: Estátua masculina de tipo Thoracata.
Descrição: Conserva a parte superior das pernas, o dorso e um braço de onde cai um panejamento. Enverga traje militar, de pé e numa atitude solene. Destaca-se a decoração da sua armadura, constituída na parte superior por um relevo representando a Medusa, a que se segue o peitoral decorado com duas vitórias aladas defrontadas. Na parte inferior, os pterigia estão dispostos em três fileiras, sendo a sua decoração constituída por figuras e bustos humanos, figuras mitológicas, motivos vegetais e animais como aguias e cabeças de lince.
Material: Mármore.
Cronologia: Século I.
Procedência: Escavações arqueológicas da Casa Cor de Rosa- Mértola.
Localização: Área técnica do Museu de Mértola.
Bibliografia: Lopes, Virgílio, 2021 - A escultura Romana de Mértola, Kairós, Boletim do Centro de Estudos em Arqueologia, Artes e Ciências do Património, 9, p. 25-46, https://issuu.com/kairosceaacp/docs/kairos9,
Fotografia: Jorge Branco – Câmara Municipal de Mértola
Designação: Fivela
Descrição: Fivela composta por argola de bronze semicircular, espigão de bronze e placa rectangular de ferro. Apresenta decoração incisa na argola composta por traços oblíquos que delimitam ambas as extremidades, observando-se entre estes pequenos pontos circulares, profundos, que se encontram alinhados.
Material: Bronze e Ferro
Cronologia: séc. XII
Procedência: Mértola/Hospedaria Beira Rio
Localização: Museu-Hotel Museu
Bibliografia:
Lopes, Virgílio; Gómez, Susana; Rafael, Lígia (coord.): Arrabalde Ribeirinho – Museu de Mértola, Mértola, Campo Arqueológico de Mértola, p.95.
Designação: Ponta de Fuso
Descrição: Objecto do uso quotidiano relacionado com o processo de tecelagem.
Material: Bronze
Cronologia: séc. XII- início séc. XIII
Procedência: Biblioteca Municipal de Mértola
Localização: Depósito do Museu de Mértola
Designação: Cabeça - Retrato de Augusto
Descrição: Cabeça-Retrato do imperador Octávio Augusto
Material: Mármore
Cronologia: séc. I d.C
Procedência: Mértola
Localização: Museu Nacional de Arqueologia
Foto: @Museu Nacional de Arqueologia
Ver ficha completa: Matriznet_DGPC
Designação: Torso feminino
Descrição: Torso feminino nu em cerâmica. Apresenta uma pasta bege clara, de textura compacta com elementos não plásticos muito finos.
Material: Cerâmica
Cronologia: I-II d.C
Procedência: Mértola
Localização: Casa Romana - Museu de Mértola
Retirado de:
LOPES, Virgílio (coord.) - Casa romana: Museu de Mértola. Mértola, Campo Arqueológico, 2012. p 111.
Designação: Mértola – por Nádia Torres, 2001
Descrição: Desenho de Campo_Mértola por Nádia Torres
Retirado de:
TORRES, Nádia; SALGADO, Pedro (conceito de projeto)( 2013)- Mértola nos nossos cadernos: desenhos de campo, Mértola: Campo Arqueológico de Mértola, p. 81
Designação: Jarra de loiça durada
Descrição: Jarra executada com técnica mista que combina o corpo concebido com um molde e com um colo torneado. Revestida totalmente com um vidrado monocromático melado no interior, no exterior apresenta uma espessa camada branca de estanho. Sobre esta aplicou-se o desenho a dourado ou reflexo metálico que se ajusta, no corpo, ao programa decorativo impresso em relevo, ao passo que no colo, no bordo e na asa, se espalha sobre a superfície lisa, com algumas aplicações de esgrafitado. Na decoração podemos ver uma sequência de lótus no colo. Já no corpo, a decoração em relevo ordena-se numa composição de arcos polilobulados sustentados por colunas. Entre os arcos registam-se lótus formados pela contraposição de duas palmetas. Existem duas jarras iguais realizadas a molde e com paralelos em todo o al-Ândalus.
Material: Cerâmica
Cronologia: 2ºmetade do Séc. XII
Procedência: Alcáçova do Castelo de Mértola/Criptopórtico
Localização: Arte Islâmica - Museu de Mértola
Retirado de:
TORRES, Cláudio; MACIAS, Santiago (coord.) (2003): Museu de Mértola: arte islâmica. Mértola: Campo Arqueológico de Mértola, p.126.
Nota: O motivo/símbolo do 9º Festival Islâmico de Mértola inspirou-se nesta peça.
Designação: Cristo Crucificado
Descrição: Cristo Crucificado morto, de que se conservou apenas o tronco e a cabeça. Apresenta a cabeça rematada com a coroa de espinhos, sob a qual se desprendeu uma madeixa de cabelo caída sobre o ombro esquerdo.
Material: Barro
Cronologia: Séc. XVIII (finais)
Retirado de: BOIÇA, Joaquim Manuel Ferreira (Coord.) (2001): Museu de Mértola - Porta da Ribeira. Arte Sacra. Mértola, Campo Arqueológico de Mértola, p.208.
Designação: Candil
Descrição: Candil de bico de pato, com asa que unia o bordo ao corpo e base plana. Apresenta pingos de vidrado esverdeado no ponto de colagem entre o bico e o corpo.
Material: cerâmica
Cronologia: Séc. XI
Retirado de:
GÓMEZ, Susana (2014), No extremo do Al-Ândalus: Mértola e o Guadiana, Mértola, Campo Arqueológico de Mértola.
Designação: Fivela
Descrição: Fivela com ponta em «T» de duplo resort em bronze
Material: Bronze
Cronologia: Séc. I a.C
Retirado de:
GÓMEZ, Susana (2014), No extremo do Al-Ândalus: Mértola e o Guadiana, Mértola, Campo Arqueológico de Mértola., pp 37.
Designação: Taça
Procedência: Ampliação da Biblioteca Municipal de Mértola
Descrição: Recipiente de forma aberta, com pé anelar, correspondendo a uma taça Campaniense A/Lamboglia 27 a-b. Peça restaurada.
Dimensões: Altura: 5,2cm; diâmetro: 12cm
Cronologia: Séc. II a.C.
Retirado de:
Bibliografia:
LOPES, Virgílio (coord.) - Casa romana: Museu de Mértola. Mértola, Campo Arqueológico, 2012. p 111.
Designação: Tigela
Procedência: Alcáçova do Castelo de Mértola
Descrição: Tigela de bordo biselado, corpo semi-ovalado e base convexa com pé anelar vertical. Decorada com um desenho estilizado em manganês sobre uma camada de vidrado branco.
Dimensões: Altura: 56mm; diâmetro máx: 222mm
Cronologia: Século XI
Retirado de:
TORRES, Cláudio; MACIAS, Santiago (coord.) (2003): Museu de Mértola: arte islâmica. Mértola: Campo Arqueológico de Mértola, pp.146.
Procedência: Mértola/Rua Alves Redol/Necrópole de icineração
Descrição: Taça de paredes finas, com duas asas, tipo López Mullor Ia, produção da Bética.
Dimensões: Altura: 8,6cm; diâmetro bordo: 9cm
Cronologia: Século I d.C
Retirado de:
Bibliografia:
LOPES, Virgílio (coord.) - Casa romana: Museu de Mértola. Mértola, Campo Arqueológico, 2012. p 115.
Designação: Amuleto ou insígnia em forma de lança
Procedência: Mértola/Hospedaria Beira Rio
Descrição: Amuleto ou insígnia que corresponde a uma miniatura de ponta de lança com lâmina piramidal e estrutura tubular cónica.
Dimensões: Altura: 58 mm; largura: 19mm
Cronologia: Séc. XII
Bibliografia: Lopes, Virgílio; Gómez, Susana; Rafael, Lígia (coord.): Arrabalde Ribeirinho – Museu de Mértola, Mértola, Campo Arqueológico de Mértola, p.94.
Designação: Ânfora
Procedência: Mértola, Torreão semicircular/ Rio Guadiana
Descrição: Pequena ânfora que imita o tipo Dressel 2-4.
Dimensões: Altura: 27,5 cm; diâmetro bordo: 3,7cm; espessura: 0,4cm
Cronologia: Séc. I a.C./I d.C
Bibliografia:
LOPES, Virgílio (coord.) - Casa romana: Museu de Mértola. Mértola, Campo Arqueológico, 2012. p 123.
Designação: Lucerna
Procedência: Corte Gafo (faz parte de um conjunto de peças oferecidas ao Museu de Mértola pela família Eusébio em 1993)
Descrição: Lucerna de volutas tipo Dressel 9A. Disco decorado, de difícil leitura devido ao desgaste, podendo tratar-se de objectos pertencentes a gladiadores.
Dimensões: Altura: 2,8 cm; diâmetro: 7,2cm;
Cronologia: Século I-II d.C.
Bibliografia:
LOPES, Virgílio (coord.) - Casa romana: Museu de Mértola. Mértola, Campo Arqueológico, 2012. p 120.
Designação: Cossoiro
Procedência: Alcáçova do Castelo de Mértola
Descrição: Cossoiro em osso, plano, com furo central circular. Apresenta polimento na superfície e decorações incisas formadas por linhas e seis círculos com furo central. Este objeto pertencia à atividade de fiação artesanal e era utilizado juntamente com as pontas de fuso.
Dimensões: Altura: 97 mm;
Cronologia: Finais do século XII – primeiras décadas do século XIII.
Designação: Jarrinho
Procedência: Hospedaria Beira-rio
Descrição: Pequeno jarrinho de boca trilobada e bordo extrovertido, colo cilíndrico, corpo globular, contém uma única asa vertical e base plana.
Dimensões: Altura: 97 mm;
Cronologia: Século XII.
Bibliografia:
Lopes, Virgílio; Gómez, Susana; Rafael, Lígia (coord.): Arrabalde Ribeirinho – Museu de Mértola, Mértola, Campo Arqueológico de Mértola, p.83.
Designação: Prego em bronze
Procedência: Câmara Municipal
Descrição: Prego em bronze de cabeça côncava e circular, haste de secção quadrangular.
Cronologia: Século XI/ primeira metade do século XII.
Bibliografia:
LOPES, Virgílio (coord.) - Casa romana: Museu de Mértola. Mértola, Campo Arqueológico, 2012. p 102.
Designação: Placa de Arreios
Procedência: Encosta do Castelo
Descrição: Placa de arreios de cobre prateado, cuja parte principal tem uma forma floral composta por pequenas pétalas que se orientam a partir de um círculo, onde se organizam calotes esféricas esmaltadas, alternadamente de azul esverdeado e branco.
Cronologia: Finais do século XI/ primeira metade do século XII.
Bibliografia:
TORRES, Cláudio; MACIAS, Santiago (coord.) (2003): Museu de Mértola: arte islâmica: guia do museu. Mértola: Campo Arqueológico de Mértola,pp.176.
Designação: Capitel Coríntio
Procedência: Mértola/Biblioteca Municipal
Descrição: Composto por folhas de acanto, angulares e estelizadas. As terminações lobulares são pontiagudas integrando a classificação de “acanto espinhoso”. Esta forma de tratamento das folhas é típica dos capitéis coríntios asiáticos.
Material: Calcário
Dimensões: Altura: 35cm; largura: 46cm
Cronologia: Século III
Bibliografia:
LOPES, Virgílio (coord.) - Casa romana: Museu de Mértola. Mértola, Campo Arqueológico, 2012. p 86.
Designação: Bilha Islâmica
Procedência: Mértola/Alcáçova do Castelo
Descrição: Pequena bilha islâmica em cerâmica.
Material: Cerâmica
Cronologia: Século X
Bibliografia: GÓMEZ, Susana (2014), No extremo do Al-Ândalus: Mértola e o Guadiana, Mértola, Campo Arqueológico de Mértola., pp 49.
Designação: Lígula em bronze
Procedência: Mértola/Alcáçova do Castelo
Descrição: Apresenta numa das extremidades uma pequena colher espatulada. Uma parte do cabo é fusiforme e está enrolado de forma helicoidal, a restante apresenta-se fusiforme.
Material: Bronze
Cronologia: Século I-III d.C
Dimensões: Comprimento: 14,16cm; Espessura: 0,2cm; Peso: 25g
Bibliografia:
LOPES, Virgílio (coord.) - Casa romana: Museu de Mértola. Mértola, Campo Arqueológico, 2012. p 102.
Designação: Tesoura
Procedência: Mértola/Hospedaria Beira Rio
Descrição: Tesoura com uma das argolas incompletas. Era constituída por duas hastes com rebite na zona central que permitia a articulação e o controle da abertura. Apresenta-se com as hastes fechadas e imobilizadas pela degradação do material constituinte.
Cronologia: Século XII
Dimensões: Diâmetro: 230mm; Largura: 79,30mm; Peso: 219,60g
Bibliografia:
Lopes, Virgílio; Gómez, Susana; Rafael, Lígia (coord.): Arrabalde Ribeirinho – Museu de Mértola, Mértola, Campo Arqueológico de Mértola, p.92.
Designação: Tigela
Procedência: Alcáçova do Castelo de Mértola
Descrição: Boca circular, bordo extrovertido e base convexa com pé anelar vertical. Técnica interior vidrado bicromo, cor melada e manganés – motivo fitomórfico (3 lótus esquemáticos).
Cronologia: Século XI.
Dimensões: Diâmetro da Boca: 294mm; Diâmetro da base: 98mm
Bibliografia:
GÓMEZ, Susana (2014), Cerámica Islámica de Mértola, Campo Arqueológico de Mértola, pp.366.
Designação: Fivela.
Procedência: Mértola/Hospedaria Beira-Rio/2005.
Matéria: Cobre dourado.
Descrição: Fivela rectangular com argola semicircular com saliência e espigão. Decoração geométrica e vegetalista estilizada: na placa frontal o motivo central é uma estrela de seis braços que se inicia num círculo rodeado por outros seis círculos que coincidem com os espaços entre os braços da estrela que está delimitada por um círculo inciso e à volta da qual se observam quatro registos de motivos foliformes. A argola semicircular apresenta um recorte floral e motivos vegetalistas estilizados obtidos com o cinzel e o buril já que nalgumas zonas o relevo atinge alguma profundidade. Tanto na placa frontal como na argola observam-se vestígios de douramento.
Função: Esta fivela seria aplicada a uma tira de couro que serviria de suporte para armas ou utensílios pessoais - punhal ou adaga, faca, bolsa ou chaves.
Cronologia: Século XII.
Dimensões: larg. max. 34 mm; comp. max. 59 mm; espes. max. 3 mm; Peso 13, 98 gr.
Bibliografia:
GÓMEZ, Susana (2014), No extremo do Al-Ândalus : Mértola e o Guadiana, Mértola, Campo Arqueológico de Mértola.
Lopes, Virgílio; Gómez, Susana; Rafael, Lígia (coord.): Arrabalde Ribeirinho – Museu de Mértola, Mértola, Campo Arqueológico de Mértola, p.98.
Nota: Peça da qual foi retirado o motivo/símbolo do 8º Festival Islâmico de Mértola.
Designação: Objetos de Adorno
Procedência: Encosta do Castelo de Mértola
Localização: Museu Islâmico de Mértola
Descrição: Objectos de adorno em forma circular, com parte frontal de cobre dourado e parte posterior de ferro. O círculo frontal tem o centro recortado formando uma rosácea e o aro circundante desta apresenta uma decoração geométrica cinzelada. Estes objectos poderiam pertencer aos arreios de um cavalo ou poderiam ser parte da decoração de um cinturão ou apliques de vestes.
Dimensões: Diâmetro: 43mm
Cronologia: Finais do século XI/primeira metade do séc. XII.
Retirado de:
TORRES, Cláudio; MACIAS, Santiago (coord.) (2003): Museu de Mértola: arte islâmica. Mértola: Campo Arqueológico de Mértola, pp.175.
Designação: Cabeça/Retrato do Imperador Augusto
Procedência: Mértola
Localização: Museu Nacional de Arqueologia
Descrição: Cabeça-retrato do imperador Octávio Augusto, fundador e Mérida, a capital da Lusitânia, e a figura tutelar da província.
Dimensões: altura 51cm; largura 27,9cm; espessura 30cm
Cronologia: Século I d.C
Retirado de:
LOPES, Virgílio (coord.) - Casa romana: Museu de Mértola. Mértola, Campo Arqueológico, 2012. p 81.
Musue Nacional de Arqueologia:
Designação: Grande alguidar
Procedência: Alcáçova do Castelo de Mértola
Localização: Museu de Mértola – Arte Islâmica
Descrição: Grande Alguidar de bordo levemente extrovertido com lábio de secção retangular, corpo aproximadamente cilíndrico e base plana. Junto do bordo apresenta um friso de decoração estampilhada com três níveis de estampilhas de losangos concêntricos. Esta decoração assemelha-se aos padrões decorativos da tecelagem tradicional da região de Mértola e que também aparece em diversos objetos cerâmicos dos impérios africanos.
Dimensões: Altura: 200mm; larg.má.420mm
Cronologia: Segunda metade do século XII/primeira metade do século XIII.
Retirado de:
TORRES, Cláudio; MACIAS, Santiago (coord.) (2003): Museu de Mértola: arte islâmica. Mértola: Campo Arqueológico de Mértola, pp.146.
Designação: Fragmento de imposta
Procedência: Escavações no Projeto de Ampliação da Biblioteca Municipal de Mértola
Localização: Museu de Mértola- Casa Romana
Descrição: Fragmento de imposta de grão médio. Possui nas duas faces conservadas um conjunto de cruzes gregas numa sequência de círculos duplos interligados.
Dimensões: Altura: 215mm; larg.480mm; esp: 325mm
Cronologia: Séc. VI
Retirado de:
GÓMEZ, Susana (Coord.) (2014), Museu de Mértola – Catálogo Geral, Mértola, Campo Arqueológico de Mértola, pp144.
Designação: Moeda Cunhada em Mírtilis
Procedência: Vila de Mértola
Localização: Museu de Mértola- Casa Romana
Descrição: Anverso: Sável voltado para a direita; em cima, entre duas linhas: MVRTI[L]. Reverso: Espiga para a direita; em baixo, entre duas linhas, L.AC.MA. A oficina emissora foi Myrtilis
Cronologia: Séc. I a.C
Retirado de:
GÓMEZ, Susana (Coord.) (2014), Museu de Mértola – Catálogo Geral, Mértola , Campo Arqueológico de Mértola, pp38.
Designação: Cossoiro em osso
Procedência: Alcáçova do Castelo de Mértola
Localização: Museu de Mértola/Castelo (exposição)
Descrição: Cossoiro em osso, levemente cónico, com furo central circular. Apresenta polimento na superfície e decorações incisas formadas por linhas e círculos com furo central. Este objeto pertencia à atividade de fiação artesanal e era utilizado juntamente com as pontas de fuso.
Cronologia: Finais do século XII – primeiras décadas do século XIII.
Retirado de:
GÓMEZ, Susana (2014), No extremo do Al-Ândalus : Mértola e o Guadiana, Mértola , Campo Arqueológico de Mértola.
Designação: Brasão de Armas do Capitão António Rodrigues Bravo, Cavaleiro da Ordem de Santiago
Procedência: Castelo (exterior) /Mértola
Localização: Museu de Mértola/Castelo (exterior) /Mértola
Descrição: Brasão de Armas de qualidade notável, esculpido em pedra granítica, desconhecendo-se a que edifício se destinou, não sendo de excluir a hipóteses de ter pertencido à frontaria do desaparecido quartel da praça de Mértola.
António Rodrigues Bravo (natural de Castro Verde, nasceu em 1770 e faleceu em Tavira em 1840. Foi capitão do regimento de milícias da comarca de Campo de Ourique, correio-mor da vila de Mértola e cavaleiro professo da Ordem de Santiago. Teve Carta de Armas passada a 20 de Setembro de 1789, altura em que residia em Mértola, vila onde permaneceu durante os episódios da Guerra peninsular e anos sequentes, tendo a sua acção militar ficado associada à captura de desertores, ao combate de guerrilhas e aos movimentos restauracionistas.
Cronologia: Séc. XVIII
Retirado de:
BOIÇA, Joaquim e BARROS, Maria de Fátima Rombouts de (2013): O castelo de Mértola: história, espaço e formas, séculos XIII-XXI, Mértola: Câmara Municipal, p. 130.
Designação: Brinco
Procedência: Hospedaria Beira-Rio/Mértola
Localização: Museu do Hotel Museu
Descrição: Brinco constituído por aro e conta esférica composta por duas campânulas semiesféricas, decoradas por pequenos mamilos. Esta tipologia de brinco é semelhante aos que têm sido recolhidos na Alcáçova do Castelo de Mértola.
Dimensões: Diâmetro da Campânula: 25mm; Altura: 8mm; Peso:1,61g
Cronologia: Século XII
Retirado de:
Lopes, Virgílio; Gómez, Susana; Rafael, Lígia (coord.): Arrabalde Ribeirinho – Museu de Mértola, Mértola, Campo Arqueológico de Mértola, p.98.
Designação: Fragmento de cancela
Procedência: Valas abertas em frente ao atual Cine Teatro Marque Duque, Antiga Basílica e Capela de S. António.
Localização: Museu de Mértola/Basílica Paleocristã
Descrição: Fragmento de cancela em mármore branco de grão médio. A peça é decorada com uma sequência vazada de círculos secantes, delimitada por duas caneluras paralelas.
Dimensões: Altura: 37cm.,Larg 33cm.,espessura 8cm
Cronologia: Século VI-VII d.C
Retirado de:
TORRES, Claúdio [et al.] 1991- Museu de Mértola: núcleo do castelo: catálogo; Mértola: Campo Arqueológico de Mértola, pp 95.
Designação: Fivela em bronze
Procedência: Alcáçova do Castelo de Mértola/RS
Localização: Museu de Mértola/Casa Romana
Descrição: Aro com duas janelas frontais, separadas por um travessão. A secção é em D, possui em cada aro uma ornamentação constituída por conchas invertidas com linhas de sulcos paralelas que formam um motivo simétrico.
Dimensões: Altura: 3,1cm.,Larg 4cm., espessura 0,3cm
Cronologia: Século I-II d.C
Retirado de:
LOPES, Virgílio (coord.) - Casa romana: Museu de Mértola. Mértola, Campo Arqueológico, 2012. p 103.
Designação: Bilha
Procedência: Alcáçova do Castelo de Mértola
Localização: Museu de Mértola/Museu de arte Islâmica
Descrição: Bilha de boca trilobulada formando bico, bordo levemente extrovertido, colo trococónico invertido muito estrito, corpo piriforme e base em bolacha convexa. Tem um revestimento tanto exterior como interior de uma camada de vidrado melado, no exterior apresenta dois arcos irregulares de manganês. Este tipo de bilha tinha como função conter bebidas mais requintadas ou algum condimento para temperar, como o azeite.
Dimensões: Altura: 167mm.,Larg 95mm.
Cronologia: Século XII.
Retirado de:
TORRES, Cláudio; MACIAS, Santiago (coord.) (2003): Museu de Mértola: arte islâmica. Mértola: Campo Arqueológico de Mértola, pp.158.
Designação: Armela de Asa de sítula.
Descrição: Suporte anelar de asa de sítula em bronze, rematada por agola, com espelho triangular encimado por três caneluras e terminando em ponta ligeiramente espessada, com uma canelura.
Material: Bronze
Dimensões: Altura: 5cm; largura max. 1,8 cm; espessura: 1,5cm; peso 24 g.
Procedência: Prospecção Arqueológica – Bens, 2005
Bibliografia:
(No Prelo) PALMA, Maria de Fátima Palma (Coord) (2013); Carta Arqueológica do Concelho de Mértola, Campo Arqueológico de Mértola.
Transcrição:
[……………………….]
[..VI] XIT ANN[ OS….]
[…RE] CESSIT I[N]
[PA]CE DIE QUAR[T]-
[AS N] ONAS OCTO-
[BRE]S ERA XX
O que em Português quer dizer:
Fulano (de quem se desconhece o nome) viveu um número indeterminado de anos; desprendeu-se da vida em paz, no quarto dia das nonas de Outubro da era de 520 (o que no nosso calendário corresponde ao dia 4 de Outubro do ano de 482).
Este é o mais antigo testemunho directo e com datação explícita, que acusa a presença de judeus junto da comunidade paleocristã de Mértola.
O cristianismo primitivo e o judaísmo tinham muita afinidade e, além de compartilharem a mesma tradição bíblica, muitas vezes os cristãos faziam pregação e conversões nos meios judaicos.
O formulário desta inscrição não difere do das outras inscrições de Mértola, e se não fosse a presença do menorah, o texto por si só não fazia suspeitar da presença de um grupo judaico em Mértola.
Procedência: Mértola/Basílica Paleocristã
Localização: Museu de Mértola/Basílica Paleocristã
Retirado de:
Torres, C; Macias, S., (Coord.) (1993) – Museu de Mértola - Basílica Paleocristã. Mértola, Campo Arqueológico de Mértola, p111.
Designação: Argola (brinco)
Descrição: Brinco composto por uma argola e três contas de vidro, uma de cor bege e duas de cor laranja. Duas das contas são esféricas com furo central e uma é cilíndrica com furo central. O fecho do brinco era efetuado através da união das extremidades do aro, uma com uma argola e a outra levemente enrolada.
Material: Bronze e vidro
Dimensões: Largura max. 44 mm, peso 1,8 g.
Procedência: Alcáçova do Castelo de Mértola
Bibliografia:
PALMA, Maria de Fátima; RAFAEL, Lígia; RODRIGUES, Clara; FORTUNA, Rute (No Prelo) Os elementos de adorno na necrópole medieval e moderna - Alcáçova do Castelo de Mértola, Actas do CIAT - IIº Congresso Internacional sobre Arqueologia de Transição, Évora.
Designação: Ânfora
Descrição: Ânfora tipo Dressel 20, para o transporte de azeite da região da Bética
Material: Cerâmica
Dimensões: Altura 69cm; diâmetro bordo 14,5cm; espessura 1,2cm.
Cronologia: Séculos II – III d.C
Procedência: Rua Serrão Martins, 7ª. Mértola
Bibliografia:
LOPES, Virgílio (coord.) - Casa romana: Museu de Mértola. Mértola, Campo Arqueológico, 2012. p 126.
Designação: Candeia
Descrição: Recipiente com o bordo apertado em bico, corpo tronco-cónico invertido, asa vertical e base plana, esta candeia foi fabricada com uma pasta pouco decantada, com muitos elementos não plásticos que atenuavam o efeito do calor. O seu revestimento vidrado ostenta marcas de fogo na ponta do bico. Candeia de forma aberta, comum em contexto de habitação.
Material: Cerâmica
Dimensões: Altura 36mm; Largura 67mm; comprimento 90mm.
Cronologia: Finais do século XII – primeira metade do século XIII
Procedência: Alcáçova do Castelo de Mértola
Bibliografia:
GÓMEZ MARTÍNEZ, Susana (coord.) (2011) - Os signos do quotidiano: gestos, marcas e símbolos no Al - Ândalus. Mértola: Campo Arqueológico, p.75.
Designação: Unguentário em Cerâmica
Descrição: Reservatório bolbiforme, gargalo alto, cilíndrico, com o bordo esvasado; fundo plano; pasta laranja acastanhada, vestígios de engobo.
Cronologia: Século I-IId.C
Material: Cerâmica
Dimensões: Altura 1,79cm; diâmetro bordo 3,9cm; espessura 0,4cm.
Procedência: Rua Alves Redol – Intervenção Arqueológica no Eixo Comercial de Mértola, 2008
Bibliografia:
LOPES, Virgílio (coord.) - Casa romana: Museu de Mértola. Mértola, Campo Arqueológico, 2012. p 116.
Designação: Bilha com representação de flor de lótus
Descrição: Pequena bilha de colo cilíndrico, corpo ovóide e base anelar, é uma forma pouco habitual no reportório da cerâmica do al-Ândalus do século XII. A forma como é distribuída a decoração denota a existência de uma asa que não se conserva. Os desenhos em manganês da corda seca parcial foram parcialmente preenchidos com vidrado verde e melado.
Decoração: A Flor de Lótus representa a eternidade e a pureza nas civilizações orientais pois a pequena semente germina no lodo e abre-se numa flor imaculada e pura para de novo cair no pântano e voltar a nascer num ciclo eterno
Cronologia: Século XII
Material: Cerâmica
Dimensões: Altura: 165mm/ Largura:125mm/ Comprimento:125mm
Procedência: Alcáçova do Castelo de Mértola - Criptopórtico
Nota: Peça da qual foi retirado o motivo/símbolo do 7º Festival Islâmico de Mértola.
Bibliografia:
GÓMEZ MARTÍNEZ, Susana (coord.) (2011) - Os signos do quotidiano: gestos, marcas e símbolos no Al - Ândalus. Mértola: Campo Arqueológico, p.32.
Designação: Cupa
Descrição: Esta Cupa trata-se de uma nova peça do Museu de Mértola. Um monumento funerário em mármore que servia para colocar sobre um túmulo do período romano. Esta forma de barril ou meio barril é característica do Alentejo e da vizinha Andaluzia. Apesar da leitura epigráfica estar a ser feita é possível avançar que a peça remete para um ambiente romano pagão. A inscrição foi consagrada aos deuses Manes. Os elementos que decoram a peça, os arcos e a forma de pipa, remetem para ambientes báquicos ao passo que as quatro suásticas aludem aos cultos e às representações solares, própria do universo religioso romano.
Cronologia: Poderá ser datada dos séculos III – IV d.C (ainda em estudo)
Material: Mármore
Procedência: Concelho de Mértola
Localização: Museu de Mértola (A peça encontra-se, provisoriamente, exposta no átrio da Câmara Municipal de Mértola).
Designação: Cabeça feminina
Descrição: Cabeça coberta por um véu, face oval com testa alta, olhos ligeiramente desalinhados e nariz grosso. A boca e o queixo encontram-se pouco destacados.
A pasta é vermelha, com engobe bege e vestígios de pintura vermelha e preta.
Material: Cerâmica
Dimensões: Altura: 3,2cm; largura: 2,7cm; espessura: 2,1cm.
Procedência: Alcáçova do Castelo
Localização: Museu de Mértola – Casa Romana
Bibliografia:
LOPES, Virgílio (coord.) - Casa romana: Museu de Mértola. Mértola, Campo Arqueológico, 2012. p 107.
Designação: Lançadeira
Descrição: Peça em forma de barco, com cavidade a meio que permite encaixar as canelas com o fio enrolado. É com as lançadeiras que se passa o fio por entre a teia.
Material: Madeira
Procedência: Mértola
Localização: Oficina de Tecelagem
Bibliografia:
LUZIA, Ângela; MAGALHÃES, Isabel; TORRES, Cláudio (1984) - Mantas tradicionais do Baixo Alentejo, Mértola, Cadernos do Campo Arqueológico de Mértola, Campo Arqueológico de Mértola.
Designação: Capitel de tipo corintizante; mármore branco de grão médio. Apresenta-se danificado na parte superior.
Descrição: O cesto está ornamentado com duas coroas de folhas de acanto interpoladas. Ainda está visível o arranque dos talos, mas na parte das volutas o capitel encontra-se mutilado.
Material: Mármore
Cronologia: Séc. VI-VII
Procedência: Basílica Paleocristã.
Localização: Museu de Mértola - Basílica Paleocristã.
Bibliografia:
Torres, C; Macias, S., (Coord.) (1993): Museu de Mértola - Basílica Paleocristã. Mértola, Campo Arqueológico de Mértola, p.100.
Designação: Pente
Descrição: Fragmento de pente com dentes muito finos. Foi executado a partir de uma placa maciça de osso na qual foi desenhado um T, onde em cada lateral foram recortados dentes pontiagudos na sua extremidade.
Material: Osso
Cronologia: Século XII
Procedência: Casa do Lanternim, Mértola
Localização: Museu de Mértola
Bibliografia:
GÓMEZ MARTÍNEZ, Susana (coord.) (2011) - Os signos do quotidiano: gestos, marcas e símbolos no Al - Ândalus. Mértola: Campo Arqueológico, p.59.
Designação: Unguentário de vidro
Descrição: Unguentário de vidro transparente, muito irisado e com muitas bolhas de ar. Possui reservatório circular, baixo com gargalo alto e cilíndrico. Esta peça provém de um espólio de uma sepultura de incineração, corresponde a uma oferenda fúnebre. Os unguentários serviam para conter perfumes, óleos essenciais ou unguentos.
Material: Vidro
Cronologia: Romano - século I d.C
Procedência: Mértola - Rua Alves Redol – Necrópole de Incineração
Localização: Museu de Mértola – Casa Romana
Bibliografia:
GÓMEZ, Susana (coord.) (2008) Mértola Arqueológica: 2003-2008 Mértola, Cadernos de Mértola, Câmara Municipal de Mértola, p. 50.
Designação: Tigela decorada
Descrição: Tigela com decoração interior, onde se vê um pássaro não identificável rodeado por motivos fitomórficos. As cores utilizadas na decoração são branco, verde e melado.
Cronologia: Século XII
Procedência: Alcáçova do Castelo de Mértola
Localização: Museu de Mértola - Núcleo Islâmico
Bibliografia:
TORRES, Nádia (2011): O desenho na cerâmica islâmica de Mértola, Mértola : Campo Arqueológico, p. 111.
Designação: Fragmento de Terra Sigillata hispânica Tardia com crísmon.
Descrição: Fragmento de cerâmica Paleocristã, com pé anelar e no seu fundo interior apresenta o sigilum – crísmon dentro de um círculo.
Cronologia: Séc. VI
Procedência: Museu de Mértola – Basílica Paleocristã
Localização: Depósitos do Museu de Mértola
Bibliografia:
LOPES, Virgílio (2003) - Mértola na Antiguidade Tardia : a topografia histórica da cidade e do seu território nos alvores do cristianismo. Mértola: Campo Arqueológico de Mértola, pp. 57.
Designação: Tinteiro
Descrição: Pequeno tinteiro de forma cilíndrica maciça com sete orifícios, também cilíndricos, que deviam ser os depósitos para a tinta. Nos intervalos entre os depósitos encontramos outros espaços excisos mais pequenos, com a forma aproximada de uma pirâmide invertida.
Cronologia: Segunda metade do século XII/primeira metade do século XIII
Dimensões: alt.20mm., larg.70mm
Procedência: Alcáçova do Castelo de Mértola
Localização: Museu de Mértola - Núcleo Islâmico
Retirado de:
TORRES, Cláudio; MACIAS, Santiago (coord.) (2003): Museu de Mértola: arte islâmica. Mértola: Campo Arqueológico de Mértola, pp.172.
Designação: Fragmento de lápide funerária
Tradução: “Em nome de Deus, o [Clemente, o Misericordioso.] Este é o sepulcro de […] Ibn Khãlis […] Muhammad Ibn al-[…]”
Cronologia: Séc. XI-XII
Localização: Museu de Mértola – Núcleo Islâmico
Bibliografia:
MACIAS, Santiago (2005) - Mértola : o último porto do Mediterrâneo. Mértola: Campo Arqueológico de Mértola, vol 3, pp.46.
Designação: Fragmento de sigillata
Descrição: Fragmento de sigillata tardia, com fundo plano.
Decoração: Estampilha de uma ave (pomba – Hayes “Style” E).
Cronologia: Séc. VI
Procedência: Basílica Paleocristão
Localização: Museu de Mértola – Núcleo da Basílica Paleocristã
Bibliografia:
Torres, C; Macias, S., (Coord.) (1993): Museu de Mértola - Basílica Paleocristã. Mértola, Campo Arqueológico de Mértola, p.86.
Designação: Telha com grafito
Descrição: Telha quase completa executada com pasta avermelhada, com face exterior bem alisada e a interior muito irregular. No exterior foram desenhadas com o barro ainda fresco 3 linhas incisas que atravessam a telha em toda a sua largura um traço curvo que atravessa o centro da peça no seu comprimento. Num dos laterais encontram-se seis traços mais pequenos e uma palavra escrita em árabe.
Cronologia: Século XII
Dimensões: Altura: 72mm; Largura: 200mm; Comprimento: 72mm
Procedência: Alcaria Longa
Localização: Museu de Mértola
Retirado de:
GÓMEZ MARTÍNEZ, Susana (coord.) (2011) - Os signos do quotidiano: gestos, marcas e símbolos no Al - Ândalus. Mértola: Campo Arqueológico, p.53.
Designação: Nozes de besta.
Descrição: Nozes de besta em osso, com forma cilíndrica, secção horizontal circular, furo central circular e uma ranhura quadrangular mais ou menos a meio.
Função: Esta peça aloja-se dentro da besta para actuar como disparador.
Cronologia: Séc XI/XII
Procedência: Alcáçova do Castelo de Mértola
Localização: Museu de Mértola - Núcleo Islâmico
Retirado de:
TORRES, Cláudio; MACIAS, Santiago (coord.) (2003): Museu de Mértola: arte islâmica. Mértola: Campo Arqueológico de Mértola, pp.172.
Designação: Epitáfio de Fistellus.
Transcrição: Jarro com palmeta, cruz inclusa numa coroa circular e jarro com palmeta.
Fistellus (hedera) V (IR) (hedera) HON (ES) T (US) (hedera) VIXIT(hedera) NA(NOS) (hedera) LXX(hedera) REQ (U) IEVIT (hedera) IN PACE(hedera) D(IE) (hedera) VIII (hedera) KAL(ENDAS) (hedera) DECEMB(RES) (hedera) ERA XLVIII (CRUZ)
O que em Português quer dizer: Fistelo, homem de condição social superior, viveu 70 anos, descansou em paz no 8º dia das calendas de Dezembro da era de 548 (o que no nosso calendário corresponde ao dia 24 de Novembro do ano de 510).
Procedência: Basílica Paleocristã
Localização: Museu de Mértola - Basílica Paleocristã
Retirado de:
Torres, C; Macias, S., (Coord.) (1993): Museu de Mértola - Basílica Paleocristã. Mértola, Campo Arqueológico de Mértola, p.117.
Designação: Brincos
Descrição: Brincos em bronze de forma simples, apresentando um aro aberto, com uma das extremidades mais grossa e decorada, e a outra pontiaguda, que encaixa na primeira.
Decoração: Uma das extremidades mais grossa e decorada
Cronologia: V a VII
Procedência: Sepultura 10 - Mosteiro
Localização: Mosteiro - Monte Mosteiro
Retirado de:
LOPES, Virgílio [et al.] (2011): O mosteiro do Monte Mosteiro. Mértola: Câmara Municipal, p.17.
Designação: Lucerna
Descrição: Lucerna de canal que possui um orifício de alimentação ao centro do disco. Asa circular em fita com uma pequena canelura central. Fundo plano e pasta branca de textura compacta.
Decoração: O disco está preenchido com uma rosácea de dezasseis pétalas. No fundo possui dois círculos concêntricos com a marca de oleiro AC(…) no interior. No orifício de alimentação encontra-se um arame de ferro próprio dos rituais funerários romanos.
Cronologia: Finais do século I – século II d.C
Procedência: Necrópole romana da Encosta do Rossio do Carmo
Localização: Museu de Mértola - Basílica Paleocristã
Retirado de:
Torres, C; Macias, S., (Coord.) (1993): Museu de Mértola - Basílica Paleocristã. Mértola, Campo Arqueológico de Mértola, p.83.
Designação: Insígnia representando Cavalo e Cavaleiro
Descrição: Placa em bronze trabalhado, representando Cavalo e Cavaleiro, provavelmente utilizada como insígnia ou amuleto.
Matéria: Bronze
Cronologia: Século XII
Procedência: Hospedaria Beira Rio - Mértola
Localização: Museu de Mértola
Peça integrante da Exposição “Os Signos do Quotidiano – Gestos, Marcas e Símbolos no al- Ândalus”, patente até Setembro de 2011, na Galeria de Exposições da Sede do Campo Arqueológico de Mértola – Casa Amarela.
Designação: Imponente estátua acéfala de um togado, datável do século I d.C.
Descrição: Estátua masculina em mármore à moda imperial do século I d.C.
Falta-lhe a cabeça, o braço direito, o pulso e a mão esquerda. Como é habitual nas estátuas togadas, o braço esquerdo - o único conservado - dobra-se e dirige-se para a frente segurando os compridos panejamentos da toga. Esta peça faria parte integrante de um programa iconográfico estatuário juntamente com as restantes de que falam André de Resende e Amador Arrais no século XVI. Este tipo de escultura de vulto inteiro presta, muitas vezes, alguma dependência em relação à arquitectura, estando prevista a sua colocação para um nicho, ficando por isso com uma parede pelas costas.
Matéria: Mármore
Cronologia: Época Romana, séc. I d.C.
Procedência: Encontrada em Mértola no séc. XVI.
Localização: Museu de Mértola – Núcleo Romano
Webgrafia:
Designação: Prato em bronze.
Descrição: Prato de bronze, com decoração cinzelada, em que vários registos concêntricos caligráficos ou com decoração geométrica cingem um medalhão central onde duas corças afrontadas entrelaçam os pescoços. O prato pode ser de origem oriental embora a escrita seja atribuída a um atelier almóada.
Matéria: Bronze
Cronologia: primeira metade do séc. XII.
Procedência: Alcáçova do Castelo de Mértola
Localização: Museu de Mértola – Núcleo Islâmico
Retirado de: TORRES, Cláudio; MACIAS, Santiago (coord.) (2003): Museu de Mértola: arte islâmica. Mértola: Campo Arqueológico de Mértola, pp.170.
Nota: A decoração deste prato é o Símbolo do VI Festival Islâmico de Mértola - 2011
Designação:Anel.
Descrição: Anel de prata com um fragmento de vidro (pedra de vidro) encastoado numa forma quadrangular também de prata. Nota-se ainda numa da suas laterais um grampo que segura a pedra de anel de tonalidade alaranjada.
Matéria: Prata e pedra alaranjada.
Procedência: Alcáçova do Castelo de Mértola.
Cronologia: Séc. XII
Localização: Museu de Mértola.
Retirado de: TORRES, Cláudio [et al.] (1989): Mértola: vila museu, 3ª ed., Mértola: Câmara Municipal: Campo Arqueológico de Mértola: Associação de Defesa do Património de Mértola, p52.
Designação:Tabuleiro de Jogo de “ric-rac”.
Descrição: Tabuleiro de Jogo gravado numa laje de xisto. Da gravação só estão parcialmente perceptíveis três rectângulos interligados por uma linha, uma vez que parte da sua superfície se apresenta danificada.
Matéria: Laje de xisto.
Procedência: Ermida da Achada de S. Sebastião.
Localização: Museu de Mértola – Ermida da Achada de S. Sebastião.
Dimensões: Comp: 28cm; largura: 25 cm; espessura: 7 cm.
Retirado de: LOPES, Virgílio; BOIÇA, Joaquim (Coord) (1999): “Museu de Mértola - A Necrópole da Achada de S. Sebastião”, Mértola, Campo Arqueológico de Mértola e Escola Profissional Bento de Jesus Caraça, p.179.
Designação: Copo
Descrição: Copo de paredes finas cuja forma foi obtida através do estrangulamento na zona do pé; o fundo é circular, cónico e o bordo é recto, arredondado na extremidade.
Matéria: Vidro amarelo-acastanhado.
Técnica: Executado a sopro dentro de molde fechado; decoração em relevo – nervuras que se desenvolvem do pé para o bordo, por vezes formando espirais.
Procedência: Castelo de Mértola (1996).
Localização: Museu de Mértola – Arte Islâmica.
Cronologia: Séc. XI.
Retirado de: RAFAEL, Lígia; PALMA, Maria de Fátima (2010): «Os Vidros Islâmicos de Mértola (Séc. XI-XIII): Técnicas decorativas», in Arqueologia Medieval nº11, Campo Arqueológico de Mértola, Mértola, pp.69-77.
Designação: Placa com inscrição
Procedência: Encosta do Castelo de Mértola
Localização: Museu de Mértola/Museu de arte Islâmica
Descrição: Placa rectangular, com as duas superfícies polidas onde foi delineada por pequenos sulcos uma inscrição. A inscrição corresponde a uma sequência de letras árabes que se repetem cinco vezes, pintadas a preto, e que tem como tradução “para ele”. Estas placas eram utilizadas como revestimento de pequenas caixas ou arquetas decoradas com aplicações de metal.
Dimensões: Comp.61mm, largura: 17mm.
Cronologia: Séc. XI/primeira metade do século XII.
Retirado de: TORRES, Cláudio; MACIAS, Santiago (coord.) (2003): Museu de Mértola: arte islâmica. Mértola: Campo Arqueológico de Mértola, pp.173.
Designação: Cancela
Procedência: Mértola
Localização: Museu de Mértola. Museu de Arte Islâmica
Descrição: Cancela em mármore cinzento de grão médio. Parcialmente destruída para adaptação a uma ombreira quinhentista. A face da cancela virada para os fiéis estava preenchida por um tapete de círculos secantes, cujo centro é marcado por botões em relevo com dois círculos concêntricos. Em relevo destacam-se os quadrifólios recortados. Uma ranhura lateral permitiria o encaixe do pilastrim, separador da cancela.
Dimensões: Alt.54cm, largura máxima: 48cm, largura mínima: 12cm.
Cronologia: Século VII
Retirado de: TORRES, Cláudio [et al.] (1991) Museu de Mértola: núcleo do castelo: catálogo; Mértola: Campo Arqueológico de Mértola, p.43.
Designação: Tigela com cena de caça (peça símbolo do Campo Arqueológico de Mértola)
Procedência: Alcáçova do Castelo de Mértola. Criptopórtico
Localização: Museu de Mértola. Museu de Arte Islâmica
Descrição: Grande tigela de bordo em aba plana, corpo semi-esférico e base convexa com pé anelar alto. O exterior apresenta um revestimento vidrado quase transparente e caneluras. No interior encontra-se representada, em verde e manganês, uma cena de caça na qual um galgo e um falcão atacam em simultâneo uma gazela.
Pertence a uma série de tigelas com idêntica forma, técnica e estilo decorativo que se encontra espalhada por vários pontos do Mediterrâneo Ocidental (Cartagena, Denia, Mallorca, Pisa e Kairowan). A maior parte dos estudos apontam esta última cidade tunisina como local de origem, embora investigações recentes baseadas em análises de pastas não excluam a sua produção na Península Ibérica.
Dimensões: Alt. 135mm, diâmetro.392mm
Cronologia: Segunda metade do séc. XI
Retirado de: TORRES, Cláudio; MACIAS, Santiago (coord.) (2003): Museu de Mértola: arte islâmica. Mértola: Campo Arqueológico de Mértola, pp.109.
Designação: Imposta
Procedência: Mértola
Localização: Museu de Mértola/Núcleo do Castelo
Descrição: Imposta incompleta em mármore branco de grão médio. Nas três faces possui o mesmo friso de círculos tangentes, cujo centro é marcado por botões em relevo. Quadrifólios intercalados ritmam o conjunto.
Dimensões: Alt. 16cm, larg. max.: 58cm, larg. min.: 27cm
Cronologia: Século VII
Retirado de: TORRES, Cláudio [et al.] (1991) Museu de Mértola: núcleo do castelo: catálogo; Mértola: Campo Arqueológico de Mértola, p.49.
Designação: Ferragem de Arqueta
Procedência: Mértola
Localização: Museu de Mértola. Museu de Arte Islâmica
Descrição: Ferragem de arqueta quadrangular, com decoração fitomórfica: duas flores com pétalas esmaltadas a azul claro, branco e vermelho acastanhado. Estas peças serviam para decorar pequenas caixas ou arquetas revestidas a placas de osso.
Dimensões: Alt. 37mm, larg.16mm
Cronologia: Finais do séc. XI/primeira metade do séc. XII
Retirado de: TORRES, Cláudio; MACIAS, Santiago (coord.) (2003): Museu de Mértola: arte islâmica. Mértola: Campo Arqueológico de Mértola, pp.176.
Designação: Pucarinho
Procedência: Alcáçova do Castelo de Mértola. Criptopórtico.
Localização: Museu de Mértola. Museu de Arte Islâmica
Descrição: Pucarinho com o bordo vertical arredondado, colo cilíndrico e corpo globular. Não se conserva a base. Uma única asa vertical de secção circular unia o bordo ao corpo. A pasta é branca com elementos não plásticos de xisto de tamanho médio. A decoração da peça é composta por três linhas horizontais de pontos de vidrado esverdeado de chumbo.
As reduzidas dimensões e capacidade desta peça permitem classificá-la como um objecto de uso lúdico ou simbólico, possivelmente um brinquedo.
Dimensões: Alt. 74mm, larg.77mm
Cronologia: 2º metade do séc. XII/primeira metade do séc.XIII
Retirado de: GOMEZ MARTINEZ, Susana; DÉLÈRY, Claire (2002): Museu de Mértola: Cerâmica em corda seca de Mértola. Mértola: Campo Arqueológico de Mértola, pp.91.
Designação: Lápide Funerária de Abu Bakr Yaḥyã ‘Abd Allâh Ibn al - Huwãrī
Procedência: Pertenceu à colecção de Estácio da veiga, que a encontrou em 1877 encravada “no revestimento do lado nordeste” da torre do Castelo de Mértola.
Localização: Museu de Mértola. Museu de Arte Islâmica
Descrição: Lápide rectangular, ligeiramente mais larga na parte superior, quase totalmente preenchida pelo campo epigráfico com treze linhas, em relevo, num cursivo compacto e sem diacríticos, numa paginação pouco cuidada e muito irregular.
Dimensões: 445x260x70mm
Cronologia: 598 H./1202 d.C
Retirado de: TORRES, Cláudio; MACIAS, Santiago (coord.) (2003): Museu de Mértola: arte islâmica: guia do museu. Mértola: Campo Arqueológico de Mértola, pp.184.
Designação: S. João Batista
Procedência: Igreja da Misericórdia de Mértola
Localização: Museu de Arte Sacra
Descrição: S. João Batista, segurando entre as mãos um disco circular com o Cordeiro Divino. Apresenta a cabeça ligeiramente inclinada para o lado esquerdo, com forte cabeleira caindo sobre as costas e ombros. Veste túnica comprida de tom alaranjado, que deixa a descoberto o seu pé direito, descalço. Sobre as costas, repousa um manto de cor azul, com ponta cruzada ao nível da cintura e preso no ombro esquerdo. A imagem assenta em base de tipo “bolacha”, semicircular.
Dimensões: Alt. 102cm
Cronologia: Século XVI (2ª metade)
Retirado de: BOIÇA, Joaquim Manuel Ferreira (Coord.) (2001): Museu de Mértola - Porta da Ribeira. Arte Sacra. Mértola, Campo Arqueológico de Mértola, p.180.
Designação: Brinco em ouro
Procedência: Sepultura nº163 A (junto à terceira vértebra) - Basílica Paleocristã
Localização: Museu de Mértola. Basílica Paleocristã
Descrição: Brinco em ouro com as extremidades sobrepostas e mais finas, aumentando a espessura até à parte central. Secção circular. O sistema de fecho é feito pela junção das extremidades.
Dimensões: Diâmetro: 11mm-, espessura máxima 2mm
Cronologia: Séculos VI-VII
Retirado de: Torres, C; Macias, S., (Coord.) (1993): Museu de Mértola - Basílica Paleocristã. Mértola, Campo Arqueológico de Mértola, p.72.
Designação: Bilha com motivo fitomórficos em corda seca total
Procedência: Alcáçova do Castelo de Mértola. Criptopórtico
Localização: Museu de Mértola. Museu de Arte Islâmica
Descrição: Pequena bilha que assenta sobre uma base anelar. O corpo é globular e só tem uma asa, que não se conserva, acontecendo o mesmo com o gargalo e o bordo. O interior está coberto com um vidrado melado-esverdeado e tem, no exterior, uma decoração de corda seca total em tons verde, melado e branco. O motivo decorativo principal consiste em oito flores de loto formadas por duas palmetas contrapostas.
Paralelos: Almería
Dimensões: Alt. 111mm., diâmetro. 135mm
Cronologia: Século XII
Retirado de: GÓMEZ MARTÍNEZ, Susana; DELERY, Claire (2002): A cerâmica em corda seca de Mértola. Mértola, Campo Arqueológico de Mértola, pp. 68.
Designação: Caçoila
Procedência: Encosta do Castelo de Mértola
Localização: Museu de Mértola. Museu de Arte Islâmica
Descrição: Recipiente aberto de bordo extrovertido com um pequeníssimo bico para verter o conteúdo, corpo cilíndrico curvo com duas asas horizontais coladas à parede e com base convexa. Apresenta um vidrado melado espesso.
Dimensões: Alt. 82mm., larg. 235mm
Cronologia: Segunda metade do século XII/primeira metade do séc. XIII
Retirado de: TORRES, Cláudio; MACIAS, Santiago (coord.) (2003): Museu de Mértola: arte islâmica: guia do museu. Mértola: Campo Arqueológico de Mértola, pp.154.
Designação: Fivela de bronze
Procedência: Basílica Paleocristã
Localização: Museu de Mértola. Basílica Paleocristã
Descrição: Fivela de bronze de placa rija, liriforme. Encontra-se incompleta, faltando-lhe a argola e o fuzilhão. Possui um motivo zoomórfico que ocupa a parte central, que está ladeada por pequenas ranhuras feitas com lima.
Dimensões: comp. 4,2 cm; larg. 2,1cm; Esp. 0,9cm
Cronologia: Século VII
Retirado de: Torres, C; Macias, S., (Coord.) (1993): Museu de Mértola - Basílica Paleocristã. Mértola, Campo Arqueológico de Mértola, p.70.
Designação: Tigela com representação de ave em corda seca total
Procedência: Alcáçova do Castelo de Mértola. Criptopórtico.
Localização: Museu de Mértola. Museu de Arte Islâmica
Descrição: Tigela de bordo arredondado, bojo troncocónico carenado e base convexa com pé anelar alto. O interior da peça apresenta uma decoração em corda seca total em branco, verde turquesa e melado. O motivo central, que representa um pássaro, encontra-se rodeado por um friso vegetalista de folhas e palmetas contrapostas. No século XII encontramos na cerâmica uma renovação na representação das aves, as quais perdem elementos diferenciadores.
Cronologia: Século XII
Retirado de: TORRES, Cláudio; MACIAS, Santiago (coord.) (2003): Museu de Mértola: arte islâmica: guia do museu. Mértola: Campo Arqueológico de Mértola, pp.128.
Designação: Panela
Procedência: Alcáçova do Castelo de Mértola
Localização: Museu de Mértola
Descrição: Panela de bordo introvertido arredondado, corpo globular canelado e base convexa com duas asas verticais de secção oval com uma nervura central. Encontra-se completamente revestida de vidro espesso de chumbo de cor de mel.
Cronologia: Segunda metade séc. XII, inícios séc. XIII.
Dimensões: 7,3 x 11 cm
Retirado de: EUSÉBIO, Maria de Fátima; SOALHEIRO, João (coord. científica) - Arte, poder e religião nos tempos medievais: a identidade de Portugal em construção. Catálogo da exposição realizada no Museu Grão Vasco, entre 14 de Agosto e 14 de Novembro de 2009. Viseu: Câmara Municipal de Viseu, 2009, p.112.
Designação: Imposta
Descrição: As três faces decoradas ostentam um friso de losangos em que se inscrevem pequenos círculos do botão central. Folhas de hera apertam-se e moldam-se aos espaços remanescentes.
Cronologia: Séculos VII/VIII
Material: Mármore branco de grão médio
Dimensões: Altura: 17cm; Largura máxima: 40cm; Largura mínima: 36cm.
Proveniência: Igreja Matriz de Mértola
Localização: Museu de Mértola/Núcleo do Castelo
Retirado de: TORRES, Claúdio [et al.] 1991- Museu de Mértola : núcleo do castelo : catálogo; Mértola: Campo Arqueológico de Mértola.
Designação: Candil
Procedência: Alcáçova do Castelo de Mértola
Localização: Museu Islâmico de Mértola
Cronologia: Finais do séc. XII/primeiro quartel do séc. XIII
Descrição: Candil de bronze formado por uma câmara globular que termina num bocal troncocónico. Asa semicircular que parte do bordo e termina na base tendo na parte superior um apêndice em flor de lótus estilizada e a base é circular, plana.
Dimensões: Alt. 55mm; comp. 115mm; larg. 40mm
Bibliografia: TORRES, Cláudio; MACIAS, Santiago (coord.) - Museu de Mértola : arte islâmica: guia do museu. Mértola: Campo Arqueológico de Mértola, 2003.
Designação: Epitáfio de Hilarinus
Transcrição:
HILARINUS
FAM(U)L(US) DEI
VIXIT AN (NO)
UNO M(ENSIBUS) V
D(IEBUS) V REQ(U)I-
EVIT IN PA-
CE D(IE) NONAS
IUNIAS ERA
O que em Português quer dizer: Hilariano, servidor de Deus, viveu um ano, 5 meses e 5 dias; repousou em paz no dia das nonas de Junho da era de 604 (o que no nosso calendário corresponde ao dia 5 de Junho do ano de 566.
Localização: Museu de Mértola/Basílica Paleocristã.
Cronologia: Século VI.
Material: Mármore branco e cinzento.
Retirado de: Torres, C; Macias, S., (Coord.) (1993) – Museu de Mértola - Basílica Paleocristã. Mértola, Campo Arqueológico de Mértola.
Designação: Torre de Roca
Procedência: Alcáçova do Castelo de Mértola
Localização: Museu Islâmico de Mértola.
Cronologia: Séc. XI/primeira metade do séc. XII.
Descrição: Torre de Roca em osso trabalhado, cilíndrica, com secção horizontal superior circular e secção inferior quadrangular. Este exemplar apresenta elaboradas decorações incisas agrupadas por círculos e orientados em linhas ou em conjuntos. Este objecto corresponde às torres de roca, parte mais decorada destes utensílios, importantíssimos na actividade da fiação artesanal.
Bibliografia: TORRES, Cláudio; MACIAS, Santiago (coord.) - Museu de Mértola: arte islâmica: guia do museu. Mértola: Campo Arqueológico de Mértola, 2003.
Designação: Fragmento de gargalo com decoração aplicada
Procedência: Alcáçova do Castelo de Mértola (1992)
Localização: Depósito CAM – VD-DV7.107.
Dimensões: larg. max. 23 mm; alt. max. 23 mm; peso 1,41 gr.
Cronologia: Séc. XII/XIII.
Matéria: Vidro verde com decoração aplicada de tom azul-turquesa.
Técnica: Executado a sopro com decoração em relevo – linhas paralelas de pasta vítrea azul-turquesa aplicadas à base de vidro.
Estado de conservação: Bom
Bibliografia: RAFAEL, Lígia; PALMA, Maria de Fátima (2007), «Os Vidros Islâmicos de Mértola (Séc. XI-XIII): Técnicas decorativas», in Arqueologia Medieval nº11, Campo Arqueológico de Mértola, Mértola (No Prelo).
Designação: Medalha em ouro
Procedência: Necrópole da Ermida da Achada de São Sebastião - Mértola
Localização: Núcleo Museológico da Ermida de São Sebastião
Cronologia: Séc. IV-V d.C
Descrição: Pequena medalha em ouro composta por um crismon (monograma dos inícios do cristianismos que corresponde às iniciais gregas das palavras Jesus Cristo). No braço horizontal da cruz estão representados o alfa e o ómega, significado que Cristo é o começo e o fim da evolução criadora. Na parte superior da medalha encontra-se uma argola que estabelece a ligação com os três elos entrelaçados da corrente também do mesmo metal.
A peça provém do interior de uma sepultura de criança/jovem.
Dimensões: Peso: 1,5gramas; diâmetro Max. 18mm
Bibliografia: LOPES, Virgílio; BOIÇA, Joaquim (1999): “Museu de Mértola - A Necrópole da Achada de S. Sebastião”, Mértola, Campo Arqueológico de Mértola e Escola Profissional Bento de Jesus Caraça.
Designação: Fogareiro decorado com arcos de ferradura
Procedência: Encosta do Castelo de Mértola.
Localização: Museu Islâmico de Mértola.
Cronologia: Séc. XII
Descrição: Fogareiro de estrutura complexa composta por uma câmara superior (ou câmara de fogo) da qual apenas se conserva uma pequena parte, uma grelha convexa com perfurações circulares, com abundantes marcas de fogo, e uma câmara inferior (ou cinzeiro) de forma troncocónica com duas perfurações frontais em forma de portas maineladas ou geminadas com os respectivos arcos de ferradura com enquadramento inciso. Para além do tratamento estético aplicado às aberturas do cinzeiro, a peça foi ricamente decorada com um cordão digitado no ponto de contacto das duas câmaras e com estampilhado de losangos na parede inferior.
Os temas arquitectónicos representam um importante elemento da renovação iconográfica do período dos impérios africanos no Ândalus.
Estado de conservação: Fragmentos dos quais se realizou restauro e reconstrução.
Dimensões: alt. 159 mm., diâmetro Max. 195mm
Bibliografia:
TORRES, Cláudio; MACIAS, Santiago (coord.) - Museu de Mértola : arte islâmica: guia do museu. Mértola: Campo Arqueológico de Mértola, 2003.
Designação: Grande Alguidar de Corda Seca parcial
Procedência: Encosta do Castelo de Mértola.
Localização: Museu de Mértola – Arte Islâmica.
Cronologia: Séc. XII
Descrição: Grande vasilha de base plana e corpo cilíndrico. Desconhece-se a forma da sua parte superior deste objecto que foi decorado no exterior com a técnica de “corda seca total”, em tons de branco, verde e melado. No interior foi coberto com um vidrado melado. O motivo decorativo consiste numa banda de palmetas contrapostas. Quanto à funcionalidade parece ser um alguidar devido às suas dimensões, no entanto poderão existir outras interpretações.
Dimensões: alt. 210 mm., diâmetro Max. 620mm.
Estado de conservação: Fragmentos dos quais se realizou restauro e reconstrução.
Bibliografia: TORRES, Cláudio; MACIAS, Santiago (coord.) - Museu de Mértola : arte islâmica: guia do museu. Mértola: Campo Arqueológico de Mértola, 2003.
Designação: S. Sebastião
Procedência: Igreja Paroquial de S. Pedro de Sólis
Localização: Museu de Mértola – Porta da Ribeira – Arte Sacra
Cronologia: Séc. XVI (2ª metade)
Matéria: Terracota policromada
Descrição: S. Sebastião de encontro ao tronco da árvore do martírio, conservando-se da imagem primitiva apenas a parte superior (cabeça, tronco e braços). Tem os braços posicionados atrás das costas, com as mãos cruzadas e atadas ao estreito tronco da árvore, justaposto á figura do santo. Apresenta rosto de expressão serena, olhos globulares e cabelo ressaltado, de corte arredondado. No tronco encontram-se marcadas três das sete tradicionais feridas do martírio.
Dimensões: alt. 42 cm
Estado de conservação: Terracota e policromia em estado razoável. Falta a metade inferior da imagem.
Bibliografia:
BOIÇA, Joaquim Manuel Ferreira (coord.) - Museu de Mértola: Porta da Ribeira. Arte Sacra. Mértola, Campo Arqueológico de Mértola, D. L. 2001, p.186.
Designação: Talha estampilhada e vidrada
Procedência: Alcáçova do Castelo de Mértola
Localização: Museu de Mértola – Arte Islâmica.
Cronologia: Segunda metade do séc. XII/ primeira do séc. XIII
Descrição: Talha destinada a conter água. Apresenta-se fragmentada no bordo, possui colo cilíndrico, bojo globular com duas asas verticais triangulares com faces planas e base plana. Foi parcialmente revestida com uma camada de vidrado verde exterior. A decoração consiste numa sequência de mãos de Fátima estampilhadas realizadas com pequenos carimbos no barro quando ainda estava fresco. Possui suporte de talha que servia para lhe dar estabilidade. Mas, sobretudo, servia para recolher a água que repassava e escoria pelas paredes da talha e que era vertida, através do bico numa outra vasilha para, assim, se aproveitar ao máximo este líquido.
Dimensões: Alt.máx.70cm; Larg. Max. 53cm.
Decoração: Registos horizontais estampilhados exibem sob vidrado verde os seguintes motivos: mão de Fátima, elementos vegetais e estrelas de oito pontas.
A figura da mão de Fátima apresenta-se com os cinco dedos abertos, cada um deles associado ao simbolismo de um dos cinco Pilares do Islão - fé, oração, jejum, caridade e peregrinação - ou seja as práticas rituais obrigatórias e que identificam o muçulmano.
Nestes e noutros suportes, para além da função de amuleto e talismã, serve, também para atrair a protecção espiritual.
Este “talismã” foi denominado Fátima em honra à filha do profeta Maomé.
Bibliografia:
KHAWLÎ, Abdallah; “Introdução ao estudo das vasilhas de armazenamento da Mértola islâmica”, Arqueologia Medieval 2, Mértola / Porto, CAM / Afrontamento, 1993,
pp. 63-78, pp. 68-69.
IDEM, “A Mão de Fátima e a sua representação na arte hispano-muçulmana. Cerâmica Estampilhada de Mértola”, Actas do Encontro ‘Arqueologia en el entorno del Bajo Guadiana’, Universidade de Huelva,
1994, pp. 605-618.
MAÇARICO, Luís; “A função antropológica da aldraba: da origem simbólica à morte funcional”, Arqueologia Medieval 8, Mértola / Porto, CAM /Afrontamento, 2003, pp. 301-312.
TORRES, Cláudio; MACIAS, Santiago (coord.) - Museu de Mértola : arte islâmica: guia do museu. Mértola: Campo Arqueológico de Mértola, 2003.
Designação: Epitáfio de Orania
Transcrição:
ORANI-
A P (A)M (U)L (A) DEI VIXIT
ANN(OS) TES REQUIEVIT
IN PACE D (IE) IDUS
NOVEMB(RES) ER-
A LAS
O que em Português quer dizer:
Orania, servidora de Deus, viveu três anos;
Descansou em paz no (primeiro) dia dos idos de Novembro. Da era de 540 e um (o que ao nosso calendário corresponde ao dia 13 de Novembro do ano de 503)
Procedência: Lápide funerária encontrada frente à Ermida de Santo António dos Pescadores no século XIX, pelo Arqueólogo Estácio da Veiga.
Matéria: Mármore
Descrição: Lápide encimada pelo crismon do lado direito e cruz de braços iguais do lado esquerdo. A coroa de folhas contém interiormente o texto.
Estado de conservação: Bom.
Retirado de: Torres, C; Macias, S., (Coord.) (1993) – Museu de Mértola - Basílica Paleocristã. Mértola, Campo Arqueológico de Mértola.
Tipo de objecto – Candil
Cronologia – Almóada (1160-1212)
Técnica de Decoração – Vidrado monocromo
Proveniência – Mértola, Antigo Quartel dos Bombeiros Voluntários de Mértola, 2007.