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Mértola, 16 a 18 de maio de 2023
Os espaços funerários, conhecidos como maqbara, ḍarīḥ, ğabbāna ou rawḍa, têm sido muitas vezes tratados como lugares isolados, sem ter em conta a sua relação com o grupo humano que os fundou, os utiliza para enterrar os seus entes queridos e os gere. Do ponto de vista escatológico, para as três religiões do livro, os cadáveres têm um valor especial, para além do sentimental, devem seguir rituais para garantir a salvação. Assim, os cemitérios (κοιμητήριον) tornam-se os dormitórios dos mortos até o dia da ressurreição.
Maqbara II é o segundo grande evento internacional organizado pelo projeto de I&D "Maqbara. Arabização, islamização e resistências através dos espaços cemiteriais no sudeste do al-Andalus" (PID2020-113188GB-I00)com a colaboração do Campo Arqueológico de Mértola, da Universidade de Granada, financiado pelo Ministério da Ciência, Inovação e Universidades e pela Câmara Municipal de Mértola. Os objectivos são analisar as últimas descobertas sobre as maqbaras do Al-Andalus, debater sobre as contribuições das ciências, como a estatística, a antropologia ou a biomedicina para o estudo das sociedades medievais e, finalmente, estabelecer uma proposta sobre a relação entre os seres vivos e os cemitérios. A prosopografia, a perspetiva de género e a análise de objectos também estarão presentes. Assim, a interdisciplinaridade é assegurada para, em última análise, responder à questão principal do projeto: islamização, arabização e presença de grupos que preservam a sua identidade.
Neste caso, foi dada prioridade a propostas e programas de investigação sobre o atual território português, sabendo-se que são escassos ou mesmo inexistentes os trabalhos que tentam compilar e coligir resultados para dar o grande salto que implica gerar um conhecimento mais exaustivo sobre estas comunidades islâmicas. É necessário, aqui e ali, integrar os estudos sobre as zonas cemiteriais nas linhas de investigação histórica e arqueológica. As maqbaras não são espaços vazios e pouco frequentados, nem são o negativo das cidades, mas lugares cheios de vida, de construções e em contacto direto com as zonas urbanas.
Los espacios funerarios, conocidos como maqbara, ḍarīḥ, ğabbāna o rawḍa, han sido a menudo tratados como lugares aislados, sin tener en cuenta su relación con el grupo humano que los fundó, los usa enterrando a sus seres queridos y lo gestiona. Desde el punto de vista escatológico, para las tres religiones del libro, los cadáveres tienen un valor especial, además del sentimental deben seguir unos rituales para asegurar la salvación. Así, los cementerios (κοιμητήριον) se convierten en dormitorios de los muertos hasta el día de la resurrección.
Maqbara II es el segundo gran evento Internacional organizado por el proyecto I+D “Maqbara. Arabización, islamización y resistencias a través de los espacios cementeriales en el sureste de al-Andalus” (PID2020-113188GB-I00) con la colaboración del Campo Arqueológico de Mértola, la Universidad de Granada, y financiado por el Ministerio de Ciencia, Innovación y Universidades y la Cámara Municipal de Mértola. En este los objetivos son analizar los últimos descubrimientos sobre maqbaras andalusíes, debatir sobre los aportes de las ciencias como la estadística, la antropología o la biomedicina al estudio de las sociedades medievales y finalmente establecer una propuesta sobre la relación de los seres vivos con cementerios. Igualmente estarán presente la prosopografía, la perspectiva de género y el análisis de objetos. Por consiguiente, está asegurada la interdisciplinaridad en aras de responder en definitiva a la pregunta principal del proyecto como son: la islamización, arabización y presencia de grupos que conservan su identidad.
En este caso, se ha priorizado las propuestas y programas de investigación sobre el actual territorio portugués, a sabiendas de los escasos o, incluso inexistentes, trabajos que tratan de compilar y cotejar resultados para dar el gran salto delante que supone generar un conocimiento más exhaustivo de los andalusíes. Es necesario, esto aquí y allá, la integración de los estudios sobre las áreas cementeriales en las líneas de investigación históricas y arqueológicas. Las maqbaras no son espacios vacíos e infrecuentados, tampoco el negativo de las ciudades, sino lugares llenos de vida, construcciones y en contacto directo con las zonas urbanas.