AMARAL, Luís Carlos; BARROCA, Mário Jorge - A condessa-rainha: Teresa. [Lisboa]: Círculo de Leitores, 2012. 424 p. ISBN 978-972-42-4702-1
O tempo em que viveu D. Teresa constituiu um dos momentos mais decisivos da longa construção da sociedade feudal hispânica. Especialmente em terras do Noroeste, a evolução política maior, acelerada pela chegada do conde D. Henrique de Borgonha, resultou na separação definitiva de galegos e de portucalenses, e na consequente formação do reino de Portugal.
Filha do poderoso Afonso VI de Leão e Castela e de D. Ximena Moniz, e irmã da rainha D. Urraca, a infanta D. Teresa assistiu de muito perto e interveio, por vezes de forma enérgica, nas sucessivas e complexas conjunturas que moldaram o processo histórico peninsular, entre o derradeiro quartel do século XI e as primeiras décadas da centúria seguinte.
Tendo ficado viúva em 1112, logo assumiu as tarefas governativas do condado, procurando dar continuidade ao essencial das políticas de seu marido. Neste contexto, não deixou também de cultivar ambições régias, muito provavelmente relacionadas com uma eventual restauração do antigo reino da Galiza.
A história posterior, em razão sobretudo da fundação da monarquia portuguesa, levou a que o seu governo fosse tradicionalmente interpretado como uma espécie de período intermédio entre dois tempos grandes, o de D. Henrique e, muito em particular, o de D. Afonso Henriques. Contudo o pouco que as fontes documentais disponíveis nos permitem reconstituir com segurança revela-nos uma personagem política e um cenário fascinantes, dotados de características singulares e que valem por si.
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